Snow
disse que, dos países com as maiores economias na América
Latina, Brasil e Argentina “merecem reconhecimento especial”
por “conquistas em política monetária”.
“As conseqüências positivas de fortes políticas
fiscais e monetárias estão sendo sentidas. No
Brasil, por exemplo, o aumento da confiança na política
fiscal e a tendência de queda das expectativas inflacionárias
permitiram ao Banco Central cortar agressivamente as taxas
de juros nos últimos dez meses”, disse o secretário.
“Taxas de juros reais são agora de menos de
10%, o que ajuda a impulsionar crescimento econômico
mais rápido e o maior nível de investimento.”
Reforma e perfil da dívida
John Snow fez as declarações durante
a 34ª conferência de Washington do Conselho das
Américas, que termina nesta terça-feira.
Leia também, sobre a conferência: EUA iniciarão
negociações comerciais com mais três países
A reunião, que neste ano discute a construção
de alianças entre os países do continente americano,
também contou nesta segunda-feira com a presença
do secretário de Estado americano, Colin Powell, do
Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio,
Luiz Fernando Furlan, e de outras autoridades latino-americanas
e dos Estados Unidos.
John Snow também aproveitou seu discurso para elogiar
os esforços brasileiros no sentido de mudar o perfil
de sua dívida.
“(...) O Brasil reduziu bastante a proporção
de seu débito ligado ao câmbio”, destacou
o secretário, dizendo que a medida a uma melhoria e
estabilização da economia, ao fortalecer seu
perfil de débito e aprofundar o mercado de capital
doméstico.
Outro fato elogiado por Snow foi a Reforma da Previdência
que, segundo ele, fez com que o Brasil “liberasse verbas
que agora podem ser usadas para reduzir a dívida pública
ou aumentar investimentos-chave em infra-estrutura”.
RAFAEL GOMEZ
da BBC Brasil
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