O número
de pessoas com diabetes no Brasil vai mais do que dobrar até
2030, chegando a 11,3 milhões, segundo previsões
divulgadas pela Organização Mundial da Saúde
(OMS).
Os diabéticos no Brasil passarão de 4,6 milhões
em 2000 para 11,3 milhões em 2030, um aumento de 148,3%
em apenas 30 anos.
No mundo todo, o número de diabéticos deve
subir de 176,5 milhões para 370 milhões no mesmo
período, um aumento de 109,6%, portanto inferior ao
do Brasil.
A doença foi tradicionalmente ligada a países
ricos, mas está se tornando mais comum nos países
em desenvolvimento, por causa da aumento da expectativa de
vida e da adoção de hábitos como a má
alimentação e o sedentarismo.
Dia Mundial do Diabetes
"Mesmo enquanto (os países pobres) lutam para
lidar com problemas como a Aids, malária e tuberculose,
eles também precisam se preparar para lidar com doenças
que vêm com a mudança de estilo de vida e o envelhecimento
da sua população", afirmou a diretora-assistente
da OMS, Catherine Le Gales-Camus.
O diabetes é caracterizado pelo excesso de glicose
no sangue devido à incapacidade do organismo de produzir
insulina nos níveis suficientes, ou de não produzi-la,
no caso do diabetes tipo 1.
As melhores formas de fazer isso seria controlar a ingestão
de gorduras e açúcares e fazer exercícios
físicos.
Atualmente, uma em cada 20 mortes que é atribuída
ao diabetes, segundo a OMS, cujo alerta marca o Dia Mundial
do Diabetes.
No entanto, a data também foi marcada pela divulgação
de um estudo que vislumbra a cura da doença.
Em trabalho publicado na revista Science, cientistas do Hospital
Geral de Massachusetts afirmaram que experimentos com ratos
indicaram que o diabetes tipo 1 pode ser revertido.
No que é considerada a forma mais grave da doença,
o organismo destrói as células do pâncreas
que produzem a insulina e a pessoa precisa injetar doses externas
na substância para equilibrar o nível de açúcar
no sangue.
Desde 2001, os cientistas vêm simulando essas condições
em ratos e realizando experiências que consistem em
transplantar células do baço de animais saudáveis
para ratos "diabéticos".
Inicialmente, acreditava-se que os ratos precisariam de mais
implantes para produzir insulina, mas experimentos mais recentes
comprovaram que os animais passaram a produzir a substância
sozinhos.
A recuperação dos animais leva os cientistas
a acreditar que o mesmo aconteceria com seres humanos, como
dizem os cientistas na revista Science.
As informações são
da BBC Brasil. |