SÃO PAULO - A taxa de desemprego
na região metropolitana de São Paulo subiu pelo
segundo ano consecutivo. De acordo com levantamento divulgado
pela Fundação Seade/Dieese, o índice
passou de 19% em 2002 para 19,9% da População
Economicamente Ativa (PEA) em 2003. Esse é o patamar
mais elevado desde 1985, quando a pesquisa começou
a ser feita.
Estima-se que 1,944 milhão de pessoas ficaram desempregadas
no ano passado. A geração de 35 mil vagas não
foi suficiente para incorporar o crescimento da PEA, que chegou
a 151 mil pessoas.
De acordo com o levantamento, o nível de ocupação
ficou praticamente estável em 2003, com uma pequena
alta de 0,4%. Foram criados no ano passado 58 mil vagas no
setor de serviços, 14 mil no comércio e 20 mil
no serviços domésticos. No entanto, a indústria
eliminou 55 mil postos. Houve variação positiva
do número de assalariados com carteira assinada (22
mil) e de trabalhadores autônomos para empresas (26
mil), mas uma queda dos que trabalhavam para o público
em geral (19 mil).
O rendimento médio real dos trabalhadores diminuiu
pelo sexto ano consecutivo, passando a corresponder a R$ 928
em 2003, valor 6,4% menor do que o registrado no ano anterior.
Esse comportamento, de acordo com os técnicos da Fundação
Seade, decorreu do desempenho negativo do rendimento médio
em todos os segmentos ocupacionais analisados, especialmente
aqueles com inserção mais desprotegida: os trabalhadores
autônomos e empregados domésticos, cujas quedas
corresponderam a 13,3% e 9,8%.
As informações
são do Globo Online.
|