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Gilberto Dimenstein
A permanecer a tendência demográfica,
a população de São Paulo, hoje em torno
de 10 milhões de pessoas, vai cair em números
absolutos, segundo estimativas de demógrafos da Fundação
Seade.
A estimativa é baseada nos
dados divulgados na quinta-feira, mostrando a evolução
populacional no Estado de São Paulo. O saldo de migração
está próximo de zero. Um número parecido
dos que entram saem da cidade, desestimulados pela falta de
emprego e pelos alto preço dos aluguéis. Ao
mesmo tempo, está caindo a taxa de fecundidade (número
de filhos) das mulheres.
"Combinação de
baixa taxa de fecundidade e menos migração faz
encolher a população", disse ao Folha Online
a demógrafa Sônia Perillo, da Fundação
Seade. Traduzindo: com menos crianças e menos migrantes,
haverá, na cidade, um número maior de mortes
do que de nascimentos, diminuindo o tamanho da população.
Um dos resultados práticos
dessa tendência demográfica: a cidade terá
uma população mais velha, o que obrigará
o redirecionamento de gastos sociais.
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