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Os movimentos migratórios sempre
desempenharam papel relevante na composição
da população paulista. Segundo pesquisa divulgada
hoje pela fundação Seade, em 2000, o Estado
de São Paulo contava com uma população
de 37 milhões de habitantes, sendo que 75,2% correspondiam
a pessoas nascidas no próprio Estado e 24,8% (9,1 milhões)
a pessoas nascidas em outros Estados brasileiros e outros
países.
Entre os moradores não-naturais,
os mineiros são os que mais predominam (20,7%), seguidos
pelos baianos (19,7%), paranaenses (12,9%) e pernambucanos
(12,4%).
Entre 1986 e 1991, São Paulo
recebeu 1,4 milhão de pessoas de outros Estados do
país. Já entre os anos de 1995 e 2000, o número
caiu para 1,2 milhão de pessoas, indicativo de uma
redução nos deslocamentos de 12%, com predomínio
da população feminina (52%) em relação
à masculina (48%).
Conforme a pesquisa, entre os migrantes,
sobressaíram-se os solteiros, representados por 67,4%
dos homens e 60,6% das mulheres. Quanto ao perfil etário,
cerca de 78% tinham entre 15-e 59 anos, o que pode demostrar
a relação entre a busca de melhores oportunidades
econômicas e os deslocamentos populacionais.
Para ambos os sexos, destaca-se a
participação da população jovem
nos deslocamentos populacionais para São Paulo: 36,4%
dos migrantes pertenciam à faixa entre 15 e 24 anos.
Nordestinos
Apesar da diminuição do volume de migrantes
com destino a São Paulo entre 1995 e 2000, o número
de nordestinos que chegaram ao Estado sofreu uma pequena elevação.
Os nordestinos, que no início da década de 90
representavam 51,7% do total dos migrantes no Estado, ocupam
agora uma fatia de 57,7%.
Já o fluxo para São
Paulo envolvendo as pessoas naturais das regiões Sul
e Sudeste do país sofreu uma redução
nos últimos anos. Os migrantes originários do
Sudeste eram cerca de 22% no Estado entre 1986 e 1991. Essa
porcentagem caiu para 19% em 2000. Já as pessoas naturais
do Sul representavam 18% dos migrantes no Estado no início
dos anos 90. Agora, esse número passou a ser de cerca
de 12%.
A capital recebeu quase 410 mil migrantes,
praticamente 57% do total de pessoas que chegaram à
região metropolitana de São Paulo, destacando-se
os fluxos com origem do Nordeste (73,1%) e, em seguida, pessoas
nascidas no Sudeste e Sul do país. Dos que se dirigiram
para a capital, destacaram-se os provenientes da Bahia (30%),
Pernambuco (13,1%) e Minas Gerais (9,6 %).
Conforme a fundação
Seade, os resultados da pesquisa mostram que São Paulo
continua sendo a principal área de atração
populacional do país, principalmente a capital.
As informações são
da Folha Online.
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