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Cerca de
70% dos moradores de São Paulo acreditam que a população
da região metropolitana tem seus direitos desrespeitados
o tempo todo, segundo estudo que será divulgado hoje.
O sentimento de revolta, medido pelo levantamento, aumentou
em relação ao ano passado. Em 2003, 37% das
pessoas disseram estar revoltadas com as violações
a direitos básicos. No ano passado, o índice
era de 30%.
Os números fazem parte do Relatório
Sobre a Dignidade Humana e a Paz no Brasil, elaborado pelo
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic)
e pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC-SP). É a segunda edição da
pesquisa, que em 2002 foi realizada apenas na Grande São
Paulo. Neste ano, foram ouvidas 1.700 pessoas nas regiões
metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
Estudos semelhantes serão feitos anualmente no decorrer
de uma década.
O objetivo dos pesquisadores
é identificar o que os brasileiros entendem por dignidade,
perceber as atitudes tomadas (ou não) em relação
aos desrespeitos e avaliar a disposição das
pessoas em agir contra essas violações. “Não
é um estudo acadêmico, para ficar na biblioteca”,
diz o coordenador do relatório, Francisco Whitaker
Ferreira, da Comissão de Justiça e Paz da Confederação
Nacional dos Bispos do Brasil. “É um manual destinado
a mobilizar as pessoas para a necessidade de agir e não
cair na indiferença”, completa.
As informações são
do jornal O Diário de S. Paulo.
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