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Com um disque-denúncia próprio,
24 cachorros farejadores e de patrulhamento – os únicos
que fazem esse trabalho na cidade –, policiais do 28.º
Batalhão de Polícia Militar Metropolitano conseguiram
mapear 72 pontos de tráfico de drogas. Localizados
em Cidade Tiradentes, Guaianases e no Parque do Carmo, na
zona leste, os lugares suspeitos são constantemente
monitorados e identificados com adesivos.
Cartazes colocados pelos policiais
informam: “Este local está cadastrado como ponto
de tráfico de drogas e será monitorado pelo
Departamento de Cães Farejadores do Canil Sudeste”.
Consta ainda o telefone do disque-denúncia.
O trabalho pioneiro, iniciado
há quatro anos, tem intimidado traficantes e reduzido
índices de violência. Há oito anos, o
número de mortos, só na Cidade Tiradentes, era
de cerca de 30 por mês. Hoje, a média é
de 4. “O importante é que temos a confiança
da comunidade”, diz o capitão Gilberto Hernandes
Júnior, idealizador do projeto. A confiança
é tanta que algumas pessoas ligam e deixam nome e telefone
para que policiais retornem a chamada.
Marici Capitelli
De O Estado de S. Paulo
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