Após
três meses de análise, o Condephaat (conselho
estadual que cuida do patrimônio histórico) aprovou
a implantação do corredor de ônibus na
avenida Rebouças (zona oeste). Uma liminar, pedida
pelo vereador Gilberto Natalini (PSDB), paralisou as obras
em agosto.
Por estar dentro dos Jardins, bairro
tombado, o vereador pediu à Justiça que os impactos
do projeto fossem analisados pelo conselho, para não
correr o risco de descaracterizar a região.
O Condephaat, no entanto, condicionou
a construção do corredor, que prevê embarque
e desembarque de passageiros no canteiro central e faixas
exclusivas para ônibus à esquerda, ao cumprimento
de algumas exigências.
A prefeitura terá que padronizar
as calçadas da avenida, implantar um projeto de arborização
e fazer o aterramento da fiação aérea.
A fiscalização das faixas centrais deverá
ser feita tanto para ônibus quanto para automóveis
e a publicidade deverá ter o mínimo impacto
visual. Além disso, a prefeitura terá que apresentar
um cronograma para as medidas.
"Nós vamos cumprir com
todas as exigências e na semana que vem já poderemos
retomar as obras. Até o começo do ano que vem
estará pronto", afirmou o secretário dos
Transportes, Jilmar Tatto. Ele disse que pretende agendar
uma reunião com a Eletropaulo para discutir o aterramento
da fiação, medida que vai elevar o custo da
obra.
A decisão decepcionou os moradores.
"O que o órgão decidiu é positivo,
mas fica aquém do desejado, porque não atende
o problema do trânsito que o corredor vai gerar",
diz Fernanda Bandeira de Mello, presidente da Associação
Viva Rebouças.
Folha de S. Paulo.
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