O horário de verão
começa à 0h de domingo. Com duração
de 119 dias, acabará à meia-noite do dia 14
de fevereiro do ano que vem. Neste ano, ficam de fora do horário
de verão os Estados da Bahia, do Tocantins e de Mato
Grosso, além de todos os outros Estados das regiões
Norte e Nordeste que já não participaram da
medida na versão 2002/2003.
Para o Ministério de Minas
e Energia, o horário de verão será adotado
como um seguro contra corte de carga. Ou seja, para evitar
que as distribuidoras de energia tenham de cortar o fornecimento
em certas regiões, no horário de maior consumo
(entre 17h e 21h), por excesso de demanda.
Outro objetivo da medida, segundo
o ministério, é a economia de dinheiro para
os consumidores. Caso o horário de verão não
fosse adotado, seria necessário gerar mais energia
termelétrica (mais cara que a hidrelétrica)
para compensar o aumento do consumo de energia. O aumento
do custo decorrente do uso dessa energia mais cara seria repassado
para a tarifa. A ministra estima que sejam economizados entre
R$ 27 milhões e R$ 30 milhões.
No verão, o consumo de energia
aumenta por causa do uso de aparelhos como ar-condicionado,
que consomem muita energia. O horário de verão
é adotado para evitar que, no horário de maior
consumo, a demanda por energia não seja maior do que
a capacidade de geração ou de transmissão.
Nesta edição da medida,
a expectativa é que a demanda por energia no horário
de maior consumo caia 5% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste
e 6% na região Sul. Essa redução equivale
a demanda no horário de pico das cidades de Londrina
(PR), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).
Além da redução
de demanda, o horário de verão também
leva a uma economia de energia durante todo o dia. Essa economia,
no entanto, é pequena. A estimativa do governo é
que a economia seja de apenas 0,5%.
Pós-racionamento
De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico),
neste ano a demanda por energia está aproximadamente
4.000 MW menor do que em 2001, por causa da redução
do consumo pós-racionamento. Com a demanda menor, diminuem
os riscos de corte de energia por aumento de consumo no verão.
Na edição 2001/2002,
o horário de verão teve 126 dias de duração
e todos os Estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste
e Nordeste, além do Tocantins, participaram. Na última
versão, 2002/2003, a medida durou 105 dias e, com exceção
da Bahia, os Estados do Nordeste não participaram.
As informações são da Folha de S. Paulo,
sucursal de Brasília
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