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Pelo primeiro mês
neste ano, a população de São Paulo economizou
mais água em relação ao mesmo período
em 2002. Segundo o secretário de Energia, Recursos
Hídricos e Saneamento, Mauro Arce, havia uma tendência
de aumento do consumo desde janeiro.
A Sabesp
(Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo) deve decidir hoje se haverá racionamento de
água no sistema Alto Cotia. Os cortes devem afetar
440 mil pessoas da Grande São Paulo - moradores de
Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra e Vargem
Grande Paulista. O racionamento, que estava previsto para
a última quarta-feira, foi suspenso por tempo indeterminado.
O gasto
de água da região metropolitana, diz Arce, foi
reduzido em 4 m3/s, o que seria o equivalente a 1,2 milhão
de pessoas deixarem de utilizar água em suas casas.
Segundo ele, a tendência era que o consumo aumentasse
2 m3/s em relação ao ano passado. "A campanha
mais ativa de economia começou por volta do dia 6 deste
mês. Então houve uma resposta positiva da população."
No primeiro
fim de semana de outubro, por exemplo, foi registrada uma
queda do gasto na Grande São Paulo de 65 m³/s
para 58,66 m³/s no sábado (dia 11), e para 59,02
m³/s no domingo.
No entanto,
para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), "é pouco
provável que se consiga, nesse curto espaço
de tempo, evitar o racionamento [do sistema Alto Cotia]".
Segundo ele, a Sabesp já está autorizada a fazer
os cortes quando necessário.
A Organização
Mundial da Saúde, diz Alckmin, recomenda que o consumo
para cada pessoa seja de até 100 litros/dia de água.
"São Paulo consome quase 200 litros por dia por
pessoa. Então dá para cortar o consumo pela
metade sem prejudicar a população."
O governador
e o secretário participaram anteontem da inauguração
da obra de canalização, desassoreamento e contenção
do córrego Pirajuçara, no Jardim Irene (zona
sul). No sábado, o Alto Cotia operava com apenas 6,9%
de sua capacidade. Na segunda-feira passada, quando o racionamento
foi adiado, a reserva era de 8,2%.
As informações são
da Folha de S. Paulo.
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