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04/11/2003
Inflação na cidade de São Paulo sobe 0,47% em outubro

A inflação na cidade de São Paulo desacelerou em outubro, com a pressão menor do reajuste das tarifas públicas. O Índice do Custo de Vida (ICV), medido pelo Dieese, ficou em 0,47%, contra 1,26% no mês anterior. Com relação a outubro do ano passado, a queda foi de 1,13%. De acordo com a coordenadora do índice, Cornélia Nogueira Porto, apesar de alguns preços administrados ainda terem causado impacto no índice (telefonia, eletricidade e táxi) as variações foram muito pequenas, decorrentes de resíduos de reajustes anteriores.

Os preços de alimentação subiram em outubro 0,96%, os de saúde apresentaram alta de 0,80% e os de habitação tiveram elevação de 0,50%. Já o item transporte apresentou queda de 0,22% e equipamento doméstico pequena redução de 0,08%. Entre janeiro e outubro deste ano, o ICV acumula uma inflação de 8,93%. Nos últimos doze meses, a variação apurada chega a 15,10%.

A exemplo do que havia ocorrido em setembro, em outubro os preços subiram mais para a população de menor poder aquisitivo, pertencentes ao estrato 1, com renda média de R$ 377,49. Para esta camada, o ICV ficou em 0,55%. Para as famílias com ganhos numa faixa intermediária, com renda média de R$ 934,17, pertencentes ao estrato 2, a variação do custo de vida ficou em 0,46%. Entre as famílias mais ricas (com renda igual ou superior a R$ 2.792,90), a taxa foi de 0,44%.

A diferença entre as taxas é determinada pela forma que as famílias distribuem seus gastos domésticos e que estão relacionados com seu nível de rendimentos. Em outubro, a Alimentação, que representa 35,24% dos gastos das famílias mais pobres, contribuiu com 0,31 ponto percentual para o cálculo da taxa do estrato 1. Para o estrato 3, a contribuição ficou em 0,22 ponto percentual.

De acordo com o levantamento, as maiores altas na Alimentação ocorreram entre os produtos in natura e semi-elaborados (1,85%), enquanto a alimentação fora do domicílio (0,68%) e a indústria alimentícia (0,16%) apresentaram taxas bem menores. A pressão de alta partiu de itens como carnes (2,16%), frango (10,80%), frutas (4,27%) e legumes (4,15%), enquanto os demais tiveram variação negativa.

Dentre as frutas, os principais destaques foram limão (44,45%) e pêssego (35,94%), mas houve retração na manga (-30,24%) e mamão (-9,65%). No caso das hortaliças (-0,83%), a queda foi generalizada e nos legumes, os principais aumentos ocorreram com a berinjela (16,59%), tomate (8,96%) e pimentão (8,17%), parcialmente compensados pela forte queda do chuchu (-13,33%). Nas raízes e tubérculos (-3,37%), houve alta na mandioca (17,53%) e queda na cenoura (-8,25%) e cebola (-4,10%). Nos grãos (-1,39%) a queda maior foi no feijão (-3,99%) e o arroz caiu apenas 0,66%.

As variações nos preços dos produtos alimentícios industrializados não foram significativas e houve apenas algumas taxas mais elevadas: frango assado (6,51%), lingüiça fresca (8,45%) e farinha de mandioca (15,58%). As retrações mais acentuadas ocorreram com açúcar (-4,09%) e pão francês (-1,80%). Com relação à alimentação fora do domicílio, houve aumento de 1,31% nos lanches, devido à alta nos sorvetes (8,72%). A refeição principal (0,22%) pouco alterou seu valor

No grupo Habitação, o maior aumento foi registrado no subgrupo operação do domicílio (0,70%) tendo como origem o reajuste nos serviços públicos (0,95%) detectado tanto na eletricidade (0,68%) como na telefonia (2,50%). Os subgrupos locação, impostos e condomínios (0,31%) e conservação do domicílio (0,01%) tiveram pouca alteração.

A Saúde apresentou maior elevação no subgrupo medicamentos e produtos farmacêuticos (1,18%) que em assistência médica (0,70%). Porém, este último, devido ao peso no orçamento, contribuiu para o índice final com 0,07 ponto percentual, enquanto os remédios tiveram impacto de 0,03 ponto percentual no cálculo final da taxa deste grupo. A maior queda foi apurada nos Transportes (-0,22%), conseqüência da redução no transporte individual (-0,58%), que teve como origem o preço dos combustíveis (-1,12%) notadamente o álcool (-4,03%).

Segundo o Dieese, a taxa de 2003 deverá ser bem inferior a de 2002 (12,93%). Caso se considere a hipótese de as variações de preços dos próximos dois meses ficarem em torno de 0,50%, o ano deve fechar com uma inflação da ordem de 10%.

WAGNER GOMES
Do GloboNews.com

 
 
 

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