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Planalto espera para hoje a divulgação
de um aporte de US$ 700 milhões. O empréstimo
vai beneficiar 3,6 milhões de famílias com renda
inferior a R$ 50
Brasília. Em tempos de aperto orçamentário,
o presidente do Banco Mundial, James D. Wolfensohn, poderá
ser a estrela da solenidade de lançamento da unificação
dos programas sociais.
Não é à toa que
Wolfensohn terá sua participação exibida,
em telão, hoje no Palácio do Planalto: o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva anuncia a unificação
das ações de transferência de renda com
a esperança de que o Banco Mundial divulgue um aporte
financeiro ao programa. De Washington, Wolfensohn falará
com Lula numa videoconferência. O vice-presidente do
banco, David Ferranti, estará em Brasília.
No governo, a expectativa é
de que as agências internacionais de fomento engordem
o programa com pelo menos R$ 700 milhões. Para o discurso
de hoje, a torcida é de que Wolfensohn anuncie a disposição
do Bird de reforçar, com empréstimo, a conta
do programa. Mas há a hipótese de Wolfensohn
fazer uma doação ou antecipar o montante de
recursos disponíveis para o programa. “Estamos
esperando um aporte financeiro do Banco Mundial. Mas, até
sexta-feira, não sabíamos o valor”, contou
um interlocutor de Lula.
Um dos coordenadores do programa,
o secretário-executivo do Ministério da Ação
Social, Ricardo Henriques, explica que, além de captação
de recursos para a execução das ações,
o Governo busca apoio das agências multilaterais de
desenvolvimento para a montagem de um sistema de avaliação
das medidas.
“Queremos construir um sistema
de avaliação de impacto para o ano que vem”,
disse Henriques. A idéia do governo é atender
a 3,6 milhões de famílias com renda inferior
a R$ 50, até o fim do ano. Os benefícios terão
piso de R$ 50, mas podem chegar a R$ 95, variando conforme
o número de dependentes. A meta de inclusão
é de R$ 1,2 milhão de famílias ao mês
até o fim do ano. Para tanto, o governo já teria
disponíveis R$ 4,3 bilhões, num orçamento
preliminar de R$ 5,3 bilhões. Um marco do programa
será a unificação dos cartões
dos programas adotados no país, em parceria com os
estados. Como até agora ainda não foram fechados
os convênios com os estados, ficou acertado com os governadores
que o cartão definitivo só estará pronto
no prazo de três meses.
As informações são
do jornal O Globo.
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