O governo do estado estuda
um programa de metas de consumo de água como alternativa
ao racionamento na Grande São Paulo. A idéia
é substituir, no futuro, um eventual rodízio
por um sistema que premia com descontos o consumidor que gastar
menos água e pune aquele que desperdiça, com
sobretaxa e até corte no fornecimento. Trata-se de
um estudo ainda sem data implantação.
“O racionamento é traumático
e injusto, porque pune quem economiza água”,
disse ontem o secretário estadual de Energia, Recursos
Hídricos e Saneamento, Mauro Arce. Ele explicou que
está sendo analisado um programa semelhante ao que
foi adotado durante a crise que atingiu o setor elétrico,
em junho de 2001.
O plano deve prevê um patamar
de consumo a ser proposto pelo governo. Quem gastar mais terá
sobretaxa e até mesmo o corte. O secretário
destacou, entretanto, que o sistema de água é
diferente e mais complexo que o do setor elétrico,
pois nos prédios não há hidrômetros
individuais. Por isso, exige estudos mais demorados.
“O programa de metas seria uma
alternativa mais civilizada. A intenção é
sair de uma situação que é terrível
(racionamento), porque nesse período as pessoas fazem
estoque de água e as perdas continuam, mesmo quando
há o corte de água”, afirmou o secretário,
lembrando ainda que — por problemas na rede de distribuição
— já há perda de 15% da água potável
produzida.
Ele destacou que o programa de metas
não se limitará à aplicação
da sobretaxa aos usuários que não respeitarem
o programa porque poderia não surtir efeitos entre
a parcela da população que têm recursos.
“As pessoas precisam aprender a viver com menos água.
Já conseguimos reduzir o consumo diário por
pessoa de 270 litros de água para 180 litros, mas a
Organização Mundial de Saúde (OMS) diz
que é possível viver com 100 litros. Então,
há um espaço para reduzir esse consumo”,
declarou o secretário.
As informações são
do jornal O Diário de SP.
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