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A maior parte dos brasileiros é
a favor da proibição da venda de armas, segundo
pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje. De acordo com o levantamento,
74,1% dos entrevistados são favoráveis à
proibição, enquanto que 23% são contra.
A pesquisa foi feita entre os dias
15 e 17 deste mês, em 195 municípios de 24 Estados
do país. Foram ouvidas 2.000 pessoas. A margem de erro
é de três pontos para mais ou para menos.
Segundo a pesquisa, 73,1% dos entrevistados
são a favor de tornar o porte ilegal de arma um crime
inafiançável. Já 21,3% se mostraram contra
a medida, que faz parte do Estatuto do Desarmamento, em trâmite
no Congresso.
Para 62,5% dos entrevistados, portar
arma não ajuda a proteger o cidadão da violência.
Já 31,1% disseram que a arma auxilia na proteção
desde que a pessoa saiba utilizá-la. Para 4,2% das
pessoas ouvidas, portar arma é sinônimo de proteção.
Ainda segundo a pesquisa, 49,6% dos
entrevistados afirmaram que são contra o direito de
a pessoa possuir arma em casa, pois representa perigo para
a família. Afirmando que possuir arma em casa gera
mais violência, 19,7% dos entrevistados disseram não
concordar com a posse. Já 29% disseram concordar com
a posse da arma de fogo em casa, desde que seja legalizada.
Violência
A pesquisa também questionou os brasileiros sobre a
violência. Para 32,3% dos entrevistados, o tráfico
de drogas é a forma de violência que mais ameaça.
Em seguida aparecem o assalto em casa ou na rua (26,9%), o
estupro (15,3%), a violência em família (9,6%),
briga em locais públicos (6,2%) e, por último,
o sequestro (6%).
Para 65,1% dos pesquisados, todas
as classes sociais são vítimas da violência,
enquanto que 20,9% afirmaram que somente os pobres são
afetados. De acordo 38,7% dos entrevistados, o desemprego
é a principal causa da violência, seguida pelo
tráfico de drogas (25,2%), pela miséria (20,3%),
pela falta de autoridade dos governantes (6,9%) e pela corrupção
(6,5%).
Para 31,4% dos entrevistados, a cidade
onde moram é "mais ou menos" violenta, enquanto
que 29,5% disseram que é violeta e outros 28,1% disseram
que é pouco violenta. Para 10,7% dos pesquisados, a
cidade onde moram é "nada violenta".
RICARDO MIGNONE
Da Folha Online, em Brasília
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