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12/11/2003
Novos hotéis de luxo dão impulso ao processo de recuperação do Centro

O programa de reabilitação do Centro de São Paulo, tocado pela Prefeitura com ajuda do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) — que anda em ritmo lento — começa a apresentar resultados na área hoteleira. Ontem, o primeiro hotel de rede internacional a apostar no projeto — o Mercure Hotel São Paulo Downtown — foi inaugurado.

Também esta semana, o Hotel Holiday Inn Select Jaraguá começou a funcionar. A inauguração oficial será em janeiro. Até semana passada, o hotel estava aberto para que os hóspedes testassem as instalações. Sabrina Salvitti, de 25 anos, foi uma das convidadas. Ela passou a noite em uma suíte executiva e disse que aprovou.

Uma característica dos dois hotéis é a recuperação de imóveis tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado (Condephaat).

A fachada do Mercure Hotel é remanescente de uma garagem de bondes de 1901. O projeto arquitetônico e a decoração do hotel, entre a Praça da República e o Largo do Arouche, seguem a inspiração das estações de bonde e remetem à cidade no início do século 20.

O Holiday Jaraguá fica na esquina das ruas Martins Fontes e Major Quedinho. O prédio foi inaugurado nas comemorações do 4º Centenário de São Paulo, em 1954. Abrigou o antigo Hotel Jaraguá e os jornais “O Estado de S. Paulo” e “Diário Popular”. Na reforma, a fachada foi restaurada e recuperada — inclusive de um mosaico de Di Cavalcanti. A obra mudou até o trânsito na região: a Rua Major Quedinho passou a ter mão dupla de direção.

Outros hotéis tradicionais do Centro também já passaram por reformas ou planejam uma revitalização. O Normandie Design Hotel, na Avenida Ipiranga, por exemplo, gastou R$ 6 milhões na reforma. Na mesma avenida, o Hilton prepara uma reforma.

“O Centro viveu um processo de deterioração, mas nunca deixou de ser um centro de negócios importantes”, disse Orlando de Souza, diretor de operações da Accor Hotels, rede que investiu R$ 24 milhões no Mercure.

Para Marcos Barreto, da Empresa Municipal de Urbanização, a abertura de hotéis é importante por ter um efeito multiplicador: o turista procura um restaurante, uma casa de espetáculo ou outro estabelecimento no entorno do hotel.

 

PATRÍCIA EVELYN
Do Diário de S. Paulo

 
 
 

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