O ministro do Planejamento, Guido Mantega, voltou atrás
ontem nas declarações sobre o dinheiro que será
destinado ao Bolsa-Família em 2004. Ele disse que o
programa é prioridade "zero" e tem recursos
garantidos.
Anteontem, quando o programa foi anunciado,
Mantega havia dito que poderiam ocorrer problemas na alocação
dos recursos caso tivessem que ser revistos R$ 3,5 bilhões
que estão no Ministério da Saúde. Os
congressistas da oposição dizem que o governo
esvaziou o Fundo de Combate à Pobreza para poder cumprir
a legislação que determina o aumento dos gastos
com saúde.
"Vamos lutar para que seja isso,
mas não posso garantir nada", disse o ministro
sobre os recursos do Bolsa-Família anteontem. Ontem,
ele afirmou o seguinte: "O programa tem prioridade máxima
e, portanto, será viabilizado, custe o que custar".
Mantega explicou que vai tirar o dinheiro
de outras áreas, se for preciso. Mas voltou a dizer
que o problema da Saúde e das concessões feitas
na reforma tributária podem mexer em alguns planos
do governo. E citou reforma agrária e projetos de infra-estrutura
como exemplos de áreas que poderão ser prejudicadas.
O ministro disse que o Ministério
da Saúde terá recursos de R$ 29 bilhões
em 2004 e que isso significa um aumento de R$ 5 bilhões
em relação a este ano.
"Ninguém pode dizer que
saneamento não é função da saúde.
Todos sabem que diminui o afluxo de pessoas nos hospitais".
Garantia
Também em referência ao comentário anterior
de Mantega, o ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência)
disse que a garantia de que o programa Bolsa-Família
receberá os R$ 5,3 bilhões previstos para o
próximo ano é o próprio presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
"O presidente da República não viria a
público lançar um programa de unificação
se os recursos não estivessem assegurados. E quem comanda
este governo é o presidente Lula", disse o ministro.
As informações são
da Folha de S. Paulo.
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