Um bilhão de crianças
no mundo em desenvolvimento sofrem pelo menos um dos efeitos
da pobreza, segundo estudo do Unicef (Fundo das Nações
Unidas para a Infância). O número equivale a
56% do total de crianças nos 46 países pesquisados.
E, de acordo com o estudo, 674 milhões (37%) vivem
em pobreza absoluta, isto é, são afetadas por
dois ou mais efeitos da pobreza.
São sete os efeitos da pobreza listados no estudo:
falta de água potável, condições
sanitárias precárias, moradia precária,
falta de informação, falta de educação,
falta de alimento e condições de saúde
precárias. É considerada pobre a criança
que sofre pelo menos um dos efeitos. Caso seja afetada por
mais de um deles, a criança será classificada
como vivendo em absoluta pobreza.
As situações são mais graves nas áreas
rurais, de acordo com o estudo, principalmente pela falta
de condições sanitárias no campo. Mais
de 90% das crianças que vivem nas áreas rurais
na África subsaariana e no sul da Ásia sofrem
pelo menos um dos efeitos da pobreza.
As meninas sofrem mais com a falta de educação
do que os meninos. O estudo indica que 16% das meninas são
afetadas pela falta de educação. Entre os meninos
são 10%. As regiões responsáveis pela
discrepância são o Oriente Médio e o norte
da África.
O principal problema das crianças pobres é a
moradia precária, segundo o estudo, que diz que 1 em
cada 3 crianças vive em uma habitação
com chão de terra e/ou dividindo o quarto com pelo
menos outras cinco pessoas. E um número equivalente
não possui banheiro na própria casa. Os dados
indicam que há mais de 500 milhões de crianças
em cada uma dessas situações. Há ainda
376 milhões de crianças sem acesso a água
potável.
LEIA MAIS
|