Apesar dos avanços conquistados
nos últimos anos, o Brasil continua sendo o campeão
das desigualdades sociais e econômicas na América
Latina e Caribe, segundo relatório do Banco Mundial
(Bird) sobre a região, divulgado nesta sexta-feira
no Rio de Janeiro. O estudo mostra, por exemplo, que os 10%
brasileiros mais pobres recebem 0,9% da renda do país,
enquanto os 10% mais ricos ficam com 47,2%.
O vice-presidente do Banco Mundial para a América
Latina e Caribe, David de Ferranti, disse estar confiante
nas políticas do governo Lula para reduzir as diferenças
sociais existentes no país. Na avaliação
de Ferranti, as desigualdades no Brasil têm origem complexa
"e muita relação com a colonização
européia".
"Temos confiança nas políticas do governo
Lula, que estão baseadas em dois pilares: um econômico
e outro social. Acreditamos nas metas sociais, mas para alcançá-las
é preciso o empenho de todos os setores da iniciativa
privada, sociedade e governo", destacou Ferranti, ao
participar do seminário Desenvolvimento com Justiça
Social, na sede da Federação das Indústrias
do Rio de Janeiro (Firjan).
Ainda segundo o relatório, nos últimos anos,
a desigualdade social e econômica na América
Latina e Caribe piorou muito em relação às
outras regiões do mundo. O Bird aponta o Uruguai como
o país latino-americano com os menores índices
de desigualdades. Ainda assim, as diferenças são
maiores do que nos países industrializados do Leste
Europeu.
As informações são
do jornal O Globo.
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