O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, na abertura do
Congresso da Internacional Socialista, que ao contrário
do que alguns críticos querem fazer crer, o programa
Fome Zero não é apenas um programa assistencialista.
O processo, segundo ele, envolve a criação de
empregos e políticas consistentes de saúde,
educação e transporte e a abertura de um novo
ciclo de desenvolvimento econômico no país.
"Vamos abrir um novo ciclo de crescimento, mas desta
vez com distribuição de renda e democracia",
afirmou Lula, referindo-se ao crescimento econômico
do país registrado durante o regime militar, quando
houve concentração de renda.
Para Lula, o programa emergencial neste momento é
necessário, pois os que passam fome não podem
esperar pelos resultados das políticas governamentais.
O presidente disse ainda que a política externa brasileira
está voltada para a criação de novas
relações internacionais, que resultem num mundo
mais solidário, menos desigual e mais democrático.
Ele voltou a criticar as economias que pregam o livre comércio
mas praticam protecionismo e lembrou que são gastos
mais de US$ 1 bilhão por dia para proteger setores
ineficientes destas economias.
Lula afirmou que tem procurado desenvolver uma agenda positiva
nos organismos internacionais e defendeu a reconstrução
da Organização das Nações Unidas
(ONU), que precisa ser reformada para construir a paz no mundo
com respeito ao direito internacional.
"A única guerra que estamos dispostos a nos envolver
é contra a fome. Essa valerá a pena vencer",
disse o presidente, acrescentando que o Brasil busca infra-estrutura
e organismos políticos comuns aos países do
Mercosul e da América do Sul e inicia aproximação
com a África e com os países árabes.
As informações são
do jornal O Globo.
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