Ao contrário
do que se imagina, o Brasil não é o país
dos 'barnabés' — antiga alcunha pejorativa dada
aos servidores. Levantamento da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) revela que o setor público
representa apenas 11,5% da mão-de-obra brasileira.
O país ocupa a 58ª colocação num
ranking de 64 nações pesquisadas pela entidade.
Pelos dados da OIT — que tem fontes de informação,
bases de comparação e períodos diferentes
—, a Índia ficaria em primeiro lugar, com 70,4%
de participação do setor público no emprego.
A Alemanha teria 19,2%, os Estados Unidos, 16% e o Japão,
7,7%. A média mundial fica em torno de 30%, sendo menor
nos países desenvolvidos (22%) e maior nos ex-países
socialistas (40%). No caso do Brasil, a entidade usou dados
de 1996, do IBGE.
Nos países em desenvolvimento, varia de 8% a 30%.
Assim, mesmo considerando apenas o mercado formal de trabalho,
o Brasil ficaria abaixo da média mundial, conforme
os números divulgados pela OIT. A distribuição
dos servidores também varia entre os países.
No México, por exemplo, 50% são funcionários
federais, que não passam de 14% nos Estados Unidos
— onde 63% são municipais. No Brasil, os federais
são pouco menos de 20% — 1,090 milhão.
No estado, existem em torno de 750 mil funcionários
públicos , dos quais 250 mil inativos (aposentados
e pensionistas), enquanto a Capital tem 126 mil ativos e 40
mil inativos.
Comemoração
Tidos como vilões do rombo da Previdência e com
uma imagem negativa perante à opinião pública,
a categoria não tem muito o que comemorar hoje —
Dia do Funcionário Público. Hoje também
é comemorado o dia de São Judas Tadeu, conhecido
como o santo das causas perdidas. Apesar da coincidência,
o patrono dos servidores é outro: o apóstolo
e evangelista São Mateus. Isto porque São Mateus
foi servidor do Império Romano e trabalhou como coletor
de impostos até ingressar na vida religiosa.
As informações são
do Diário de S. Paulo.
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