A quantidade
de roubos - quando há o uso de violência ou grave
ameaça, em geral com arma de fogo, por parte do ladrão
- bateu recorde em São Paulo. De janeiro a setembro,
o Estado registrou 187,7 mil assaltos, ou dois casos por minuto,
marca que supera o mesmo período dos últimos
sete anos.
A maior marca anterior havia sido
registrada no ano passado, quando São Paulo contabilizou
167,5 mil crimes desse tipo, que não incluem o roubo
de veículos, registrado à parte. De um ano para
o outro, o aumento foi de 12%.
O dado positivo do balanço
desses nove meses é a queda nos casos de sequestros,
de 269 ocorrências para 86, comparando-se 2002 e 2003,
e a redução do número de homicídios
no Estado, de 8,8 mil casos para 8,4 mil -conforme o mesmo
período de comparação.
Ontem, a Secretaria da Segurança
Pública informou que não comentaria o balanço.
Desde que assumiu a pasta, em janeiro do ano passado, o secretário
Saulo de Castro Abreu Filho não atende aos pedidos
da Folha para avaliar os dados estatísticos, que são
divulgados por força de lei.
Em relação ao trimestre
anterior, abril a junho, a quantidade de latrocínios
-roubo seguido de assassinato- caiu no Estado, de 162 para
127 casos, mas a totalidade de registros dos nove meses deste
ano é a maior desde 2000.
O balanço de ontem mostra que
a polícia matou 678 pessoas de janeiro a setembro,
77,4% a mais do que no mesmo período de 2002. É
a maior marca desde 2000. Em compensação, o
número de policiais mortos em serviço é
o menor em quatro anos.
As informações são
da Folha de S. Paulo.
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