Equipe de 50 técnicos do
INSS já se encontra no Juizado Especial Federal Previdenciário
de São Paulo trabalhando no processo de uniformização
dos sistemas de cálculos de benefícios da Previdência
e da Justiça Federal. A medida vai agilizar o andamento
das ações de revisão de benefício
que lotam o tribunal e levam, diariamente, mais de cinco mil
idosos ao juizado e aos postos do INSS atrás de documentos.
Segundo a juíza Leila Paiva, presidente do juizado
paulista, assim que os contadores do juizado tiverem acesso
ao banco de dados do INSS, eles não terão mais
de fazer os cálculos dos pedidos manualmente. “Uma
conta simples que estava levando uma hora, poderá ser
feita com um clique no computador”. Os sistemas deverão
estar ajustados até o dia 15, cinco dias antes do encerramento
do prazo (20 de novembro) para aposentados requererem revisão
de benefícios, como a correção da Unidade
Real de Valor (URV), a diferença da OTN para ORTN e
a pensão de 100% por morte do segurado.
“Estamos fazendo de tudo para diminuir as filas e julgar
as ações o quanto antes”, disse a juíza.
Mas uma ação, que demorava 60 dias para ser
julgada, hoje já leva mais de seis meses e poderá
passar de um ano.
Para garantir que todos os idosos com direito à revisão
tenham tempo de protocolar o processo antes de 20 de novembro,
o juizado vem adotando diversas medidas de urgência.
Já colocou na internet (www.trf3.gov.br) a opção
para o segurado imprimir o kit contendo o cadastro e os documentos
para gerar a ação, sem precisar buscá-lo
no juizado.
Bastará imprimir, preencher o cadastro, anexar os
documentos e enviar pelo Correio. Se o segurado não
tiver todos os documentos, como a relação de
salários de contribuição e a memória
de cálculo do benefício, e não conseguir
nem mesmo o protocolo desses documentos nos postos do INSS,
que estão com movimento acima de 40% do normal, poderá
enviar o kit apenas com cópias dos documentos pessoais
e um um comprovante que tenha o número do benefício.
“Vamos aceitar essa documentação, por
ora, e depois o segurado poderá providenciar o restante.
Neste momento de caos, o que vale é a data da postagem
para garantir o direito à ação.”
O segurado será informado por carta se faltarem documentos.
Até porque, se ele não tiver direito à
revisão, será desnecessário providenciá-los.
Este mês, a juíza já recebeu 30 mil kits
pelo Correio.
ELZA YURI HATTORI
Do Diário de S. Paulo
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