O relator do Estatuto do Desarmamento
na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)
do Senado, César Borges (PFL-BA), disse que vai restabelecer
o prazo de outubro de 2005 para a realização
de referendo popular que decidirá sobre a proibição
ou não da venda de armas e munição no
país.
No projeto original, aprovado em julho pelo Senado, a consulta
popular seria realizada nessa data. Até lá,
estaria liberada a comercialização. Para aprovar
o estatuto na Câmara, onde a resistência era maior,
retirou-se o prazo, prolongando indefinidamente a permissão
para a venda de armas.
Borges reuniu-se ontem com o relator do projeto na CCJ da
Câmara, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP). Apesar da preocupação
de Greenhalgh em preservar os entendimentos, Borges já
adiantou que vai derrubar pelo menos quatro alterações
feitas na Câmara.
Uma delas é a tipificação do crime de
intermediação no comércio ilegal de armas.
Outro ponto é a extensão da permissão
para o porte de guardas prisionais e portuários fora
de serviço. Ele também rejeitou a possibilidade
de órgãos públicos pedirem autorização
de porte.
FERNANDA KRAKOVICS
Da Folha de S.Paulo
|