Os candidatos que participaram da
primeira etapa do concurso público de professor da
Secretaria da Educação — que foi realizada
no domingo — têm só até amanhã
para ingressar com recurso denunciando eventuais irregularidades
ou questionando o resultado do gabarito oficial.
Segundo o edital do concurso, o prazo de interposição
do recurso é de 48 horas após a divulgação
do gabarito oficial da prova objetiva (80 questões
de múltipla escolha) e da dissertativa, que foi publicado
na edição de ontem do Diário Oficial.
No documento deve constar o nome completo do candidato, número
de inscrição, código da disciplina e
endereço para correspondência. Só serão
aceitos casos devidamente fundamentados e o recurso deve ser
entregue pessoalmente na sede do Intesp. Para quem não
mora na Capital, a entrega do recurso pode ser feita por procuração.
O documento deve ser entregue no seguinte endereço:
rua Abílio Soares, 461, Paraíso, São
Paulo, CEP 04005-001.
Plantão
“Nunca vi tamanha desorganização em um
concurso. Estamos recebendo denúncias de irregularidades
de todas as regiões do estado. O mais estranho é
que a Secretaria da Educação alega não
ter responsabilidade sobre o concurso”, contou Carlos
Ramiro de Castro, o Carlão, presidente do Sindicato
dos Professores da Rede Estadual de Ensino (Apeoesp). Segundo
ele, a secretaria orientou os sindicalistas a procurarem a
direção do Intesp — empresa organizadora
do concurso público — para pedir esclarecimentos.
“Isto é um absurdo”, desabafou.
Desde domingo, a entidade montou um plantão de atendimento
no sindicato e nas 93 subsedes no estado. Só no domingo
os funcionários que estavam de plantão na sede
da entidade, que fica na Praça da República,
receberam 60 ligações de professores denunciando
irregularidades.
Desde segunda-feira, o departamento jurídico da Apeoesp
recebeu 100 ligações e 30 e-mails de pessoas
denunciando problemas durante a prova. Entre as irregularidades
denunciadas e que estão sendo apuradas pela entidade,
destacam-se: violação do sigilo das provas dissertativas,
portões fechados antes do horário estabelecido
no edital do concurso, troca de provas e atraso no início
da realização da seleção, que
estava prevista para as 8h30.
“Diante de tanto problemas estamos analisando a possibilidade
de ingressar com ação na Justiça pedindo
a anulação do concurso”, observou.
Ao todo, 247.597 candidatos se inscreveram para disputar
as 49 mil vagas de professor da rede estadual de ensino fundamental
II (de quinta a oitava séries) e de nível médio
(antigo colegial) de 10 disciplinas.
As informações são
do Diário de S.Paulo.
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