Apesar de somente 59% dos estudantes matriculados conseguirem terminar o ensino
fundamental e de o país possuir 39% dos estudantes
em séries não-compatíveis com suas idades,
a educação brasileira recebeu ontem uma boa
notícia.
O Brasil está sendo mostrado a outros países
pela Unesco (Organização das Nações
Unidas para a Educação, Ciência e Cultura)
como um modelo por ter cumprido, antes de 2000, a meta chamada
de "paridade de gênero" -ou seja, ter a mesma
proporção de meninos e meninas em relação
à faixa etária na escola.
Essa foi considerada a meta de urgência entre seis
que foram estabelecidas em 2000, durante o Fórum Mundial
de Educação, promovido em Dacar (Senegal). Mais
de 160 países se comprometeram a eliminar até
2005 a disparidade entre os gêneros.
No entanto o Relatório de Monitoramento Global Educação
para Todos -divulgado ontem pela organização-
mostra que somente 52 países de 128 acompanhados pela
Unesco devem cumprir o compromisso.
O representante da Unesco no Brasil, Jorge Werthein, afirmou
que ocorreu um avanço porque o país priorizou
a universalização do ensino. "Houve uma
compreensão de que a escola é o lugar para obter
avanços."
O relatório, porém, faz duas ressalvas: 1)
o Brasil ainda tem um número menor de meninas matriculadas
no ensino fundamental; e 2) a escolaridade não se reverte
em um rendimento maior.
As informações são
da Folha de S. Paulo.
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