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07/11/2003
Fome Zero usou somente 11% do dinheiro previsto

Acendeu a luz amarela na cúpula do Governo Lula em relação ao principal programa social do Governo, o Fome Zero. Em reunião ontem da Junta de Execução Orçamentária, no Planalto, os ministros da Fazenda Antonio Palocci, da Casa Civil, José Dirceu, e do Planejamento, Guido Mantega, analisaram a execução orçamentária e constaram a necessidade de liberar mais recursos para o programa, que consideram estar muito atrasado e cheio de falhas em sua implantação. Quase dez meses depois de ser lançado, o Fome Zero só gastou até o dia 31 de outubro 11,5% do total do Orçamento previsto para 2003. De uma dotação total para este ano de R$ 1,73 bilhão para combate à fome, só foram gastos até agora R$ 201 milhões segundo dados do próprio Ministério do Planejamento.

O número pegou de surpresa até mesmo os ministros da Junta de Execução Orçamentária do Governo, que estão acompanhando de perto o programa Fome Zero e as dificuldades para implementá-lo. Esse grupo tem como função acompanhar o gasto do Orçamento da União e dar racionalidade política às liberações de verbas. Ao analisar uma tabela do Ministério do Planejamento com a execução do gasto de todas as pastas, detectou-se que o Fome Zero ainda não recebeu nem um quinto do dinheiro prometido.

Nesta tabela, os gastos com o Fome Zero entram na rubrica do Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar. Em junho, o Governo projetava que mesmo com todas as dificuldades, o programa conseguiria liberar até o final do ano pelo menos 70% do total do valor previsto. Mas diante dos novos números, ninguém arrisca fazer uma nova projeção. O maior temor no Palácio do Planalto é que a baixa execução do Fome Zero transforme-se em bandeira da oposição para evidenciar o desempenho sofrível do Governo Lula na área social. O secretário-executivo e ministro interino do Ministério, Flávio Botelho, confirmou que a pasta executou R$ 201 milhões até o momento, mas que existe um esforço para gastar todo o Orçamento. O ministro José Graziano está acompanhando o presidente Lula na viagem à África.

“O Mesa está fazendo todos os esforços para execução do Orçamento desse ano. Como o gasto do Fome Zero cresce exponencialmente e com a implantação do Bolsa Família, que vai atender 3,6 milhões de famílias até dezembro, espero que todo o orçamento seja gasto”, disse Botelho. A explicação interna para a baixa execução orçamentária é que o processo é lento, já que precisou ser refeito todo o cadastro nacional do programa. (O Globo)



As informações são do Diário de S. Paulo.

   
 
 
 

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