Passados 10 meses desde sua posse,
o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua
sendo aprovado pela maioria dos brasileiros. Uma pesquisa
de opinião feita pelo instituto Brasmarket, a pedido
da Força Sindical, divulgada ontem, mostra que 58,9%
da população considera positiva a gestão
petista, contra 23,8% que têm avaliação
negativa da administração. Outros 15,4% entendem
que o Governo apresenta uma atuação regular.
A pesquisa, feita entre 29 de outubro e o último dia
4, apresenta uma ligeira recuperação na popularidade
do Governo em relação às sondagens já
feitas pela Brasmarket. Em junho, a avaliação
positiva da gestão era de 67,4%, caiu para 50,7% em
agosto e agora bateu nos 58,9%. O índice negativo,
que em junho era de 10,7% e saltou para 24,2% em agosto, manteve-se
na margem de erro — 2,5 pontos percentuais para mais
ou para menos. A Brasmarket entrevistou 3.033 pessoas em 229
cidades de todo o país. A comparação
com levantamentos recentes mostra diferenças signicativas.
Em sondagem divulgada no dia 21 pelo Instituto Sensus, a
pedido da Confederação Nacional do Transporte
(CNT), a avaliação positiva do Governo era de
41,6%, contra 12,3% negativos e 42,3% de regular. Estudo do
Ibope, para a Confederação Nacional da Indústria
(CNI), em 30 de setembro, mostrava que 69% aprovavam a gestão
Lula e 24% desaprovavam.
A pesquisa da Brasmarket também apurou a opinião
da população sobre o desempenho pessoal de Lula.
A avaliação foi positiva para 59,8% dos pesquisados,
contra 20,3% de negativa e 18% de regular. Já a capacidade
do Ministério de Lula foi considerada positiva por
47,6% dos entrevistados, enquanto 25,6% julgaram-na negativa.
Outros 21,8% avaliaram a equipe como regular.
Sindicalismo
A Força Sindical quis saber a opinião sobre
o sindicalismo. Dos entrevistados 22,6% consideraram a CUT
a central que mais luta pelos trabalhadores e 22,4% optaram
pela Força. O presidente da Força, Paulo Pereira
da Silva, o Paulinho, foi apontado como o líder sindical
mais influente por 15,9%. Luiz Marinho, presidente da CUT,
foi escolhido por 11,2%.
JOÃO CARLOS MOREIRA
Do Diário de S. Paulo
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