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economia
11/11/2003
Mercado interno reage e cresce em setembro

A demanda interna voltou a dar fôlego à economia brasileira em setembro. Pela primeira vez em 14 meses, o mercado interno não encolheu. Em setembro, o consumo global de bens das famílias e das empresas brasileiras cresceu 5,5% na comparação com igual período do ano passado, segundo cálculos da consultoria Tendências.

Desde julho do ano passado, o mercado interno vinha encolhendo em relação a igual período do ano anterior. O que sustentava a economia brasileira eram principalmente as exportações.

O pior mês do consumo interno foi junho deste ano, quando a queda chegou a 14,8%. Em julho, foi de 4,9% e, em agosto, de 6%, já indicando uma melhora na demanda interna. "Em setembro houve de fato a inversão e o mercado interno voltou a reagir", afirma Fernando Montero, economista da Tendências.

A virada no consumo doméstico, na análise de Montero, se deve principalmente à redução da taxa básica de juros da economia -a Selic- e ao efeito psicológico que essa queda causa no consumidor. O que, na prática, significa mais confiança para comprar.

"O crescimento da economia está ocorrendo de forma mais rápida, mais forte e mais disseminada do que se esperava", afirma Montero. O que ele quer dizer é que não só as indústrias de bens de consumo mas também as de bens intermediários e as de bens de capital reagiram em setembro.

De acordo com o IBGE, em setembro, a produção da indústria de bens de consumo cresceu 1,5% na comparação com igual período do ano passado. A de bens intermediários, 4,6% e, a de bens de capital, 8,6%.

"O que pode estar acontecendo é a formação de estoques no comércio por conta da sazonalidade do final do ano, mas também uma retomada mais sustentada daeconomia", afirma.

Montero não acredita em bolha de consumo, já que a tendência é a de as taxas de juros continuarem em queda, e o crédito, mais farto. Também prevê recuperação gradual dos salários, já que a economia estará mais aquecida.

 

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