Já está na Casa Civil
proposta de projeto de lei que permitirá a renegociação
de dívidas com o crédito educativo. O débito
chega a R$ 2 bilhões e envolve 160 mil devedores. O
governo quer enviar o texto ainda este ano ao Congresso. Depois
de aprovado o projeto, Caixa Econômica Federal e Ministério
da Educação vão formular um plano de
renegociação da dívida, informou o coordenador-geral
do Programa de Financiamento Estudantil (Fies), Antônio
Leonel Cunha. O Fies substituiu o programa de Crédito
Educativo (Creduc).
A nova legislação assegurou a manutenção
do financiamento aos alunos com contratos antigos. Mas não
trouxe artigo específico sobre acerto de débitos,
um dos maiores problemas do Creduc. Segundo Cunha, a lei atual
é “limitada” e impede a negociação
mesmo que o estudante tenha interesse em chegar a um acordo
com a Caixa.
O aluno paga juro fixo de 9% ao ano no parcelamento do empréstimo
do Fies. Mas, na época do Creduc, as parcelas eram
indexadas por índices variáveis de acordo com
planos econômico. Nos últimos contratos, por
exemplo, os juros eram de 6% mais a taxa referencial, tornando
inviável o pagamento das mensalidades.
“Tem contrato que se transformou em uma verdadeira
salada de fruta. O saldo devedor é muito grande, semelhante
à situação dos mutuários da Caixa”,
disse Cunha.
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