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educação
11/11/2003
Unesco aponta o grau de violência dentro das escolas

Nem Curitiba, PR, considerada a cidade modelo do país, está a salvo da violência que tomou conta das escolas brasileiras. Não por acaso, boa parte dos alunos e professores se sente insegura, sofre ameaças, agressões e, em alguns casos, chega a faltar às aulas por medo.

Esse é o diagnóstico feito por uma pesquisa conduzida pela Unesco no Brasil sobre a falta de segurança no ambiente escolar. A pesquisa ouviu 30 mil jovens e 2,5 mil professores, de escolas públicas e particulares, em 14 estados, e é um painel amplo sobre como a violência é "sentida" nas instituições de ensino.

Pouco mais de 60% dos estudantes entrevistados disseram considerar o ambiente escolar inseguro e quase um terço deles afirmaram que foram vítimas ou conhecem alguém que sofreu alguma ameaça dentro da escola. O mais grave, porém, é que um quinto dos alunos e professores foram testemunhas ou alvo de agressões nas dependências escolares. Para completar o quadro, os educadores enfrentam a concorrência das drogas, sendo que a mais comum é o álcool.

Em outro estudo coordenado pela Unesco, pesquisadores analisaram escolas que conseguiram melhorar a relação com os alunos e com a comunidade e se tornaram focos de combate à violência. Foram encontrados nove pontos comuns às experiências das 14 instituições avaliadas.

Na prática, os projetos escolares criaram canais de diálogo com os alunos e permitiram que eles assumissem responsabilidades. Em alguns locais, a quadra esportiva foi aberta para o uso da comunidade, tornando-se um local de lazer antes inexistente na região. Outras iniciativas envolvem atividades culturais, como teatro e música.

Numa escola do Rio de Janeiro, por exemplo, o grêmio estudantil ganhou quatro computadores e agora os alunos são responsáveis pelas regras de uso e pela conservação do equipamento.

A Unesco também mantém o programa "Abrir Espaços", que ajuda as escolas a manterem a estrutura aberta para a comunidade nos finais de semana. Numa instituição do Rio de Janeiro, a ação fez com que a sensação de insegurança caísse 30%.



As informações são do jornal Gazeta do Povo – PR.

   
 
 
 

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