HOME | COLUNAS | SÓ SÃO PAULO | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS
 
abastecimento
11/11/2003
Plano de rodízio para 9 milhões já está pronto

O plano do racionamento no Sistema Cantareira prevê deixar cerca de 3 milhões de pessoas sem água de cada vez por, pelo menos, 24 horas. Os 9 milhões de moradores de parte de São Paulo e de 10 municípios da região metropolitana abastecidos pelo sistema serão divididos em três blocos. A Sabesp afirma que, caso não chova até domingo, é inevitável o anúncio do rodízio no início da próxima semana. Ontem, o Cantareira estava com apenas 3,7% de sua capacidade.

A estação elevatória de Santa Inês, que lança a água das cinco represas de captação para a represa ao lado da estação de tratamento do Guaraú, trabalha com três bombas simultaneamente. Cada uma é responsável por bombear 11 mil litros de água por segundo. Durante o racionamento, uma delas será desligada (reduzindo a produção em um terço).

O tempo exato em que cada bloco ficará sem água ainda não foi definido. Os técnicos da Sabesp afirmam que esse tipo de operação não se faz com períodos de torneira seca menores que 24 horas.

Cada um dos três blocos será dividido em diversos grupos, que sofrerão o corte de água em horários diferentes. Além de facilitar a operação em um sistema tão grande, o escalonamento é necessário para evitar problemas na retomada do fornecimento.

Para os técnicos, a forte pressão da água pode danificar válvulas e adutoras caso o abastecimento seja normalizado de uma vez só. As válvulas não foram projetadas para serem abertas e fechadas com freqüência. Esses equipamentos são fechados apenas para manutenção na rede — como a realizada em 27 de setembro.

Por causa de um problema inesperado em uma válvula durante essa manutenção, 400 mil pessoas ficaram sem água. O abastecimento só foi normalizado em 3 de outubro.

Assim como acontece no Sistema Alto Cotia, em que 440 mil pessoas já enfrentam o racionamento desde o dia 22, a retomada do abastecimento deverá demorar até seis horas em regiões mais altas e distantes dos reservatórios dos bairros.

A meteorologista Neide Oliveira, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), disse que deverá chover na Grande São Paulo na quinta-feira e sexta-feira. “Devemos ter uns 30 milímetros de precipitação”, afirmou. A média de precipitação esperada para novembro na região metropolitana é de 145,8 milímetros.



DIMAS MARQUES
De O Diário de S. Paulo

   
 
 
 

NOTÍCIAS ANTERIORES
11/11/2003 Nova lei vai permitir renegociar dívida com crédito educativo
11/11/2003 Recadastramento de idosos será voluntário
11/11/2003 Pequena e média empresas investem em pesquisa
11/11/2003 Mercado interno reage e cresce em setembro
11/11/2003 Contribuição de ricos a pobres na educação cai 26%
11/11/2003 TST defende a CLT e acha difícil aprovação da reforma sindical
11/11/2003 Empresa desenvolve biodiesel da mamona e já atrai comprador
10/11/2003 Brasileiros querem redução da maioridade de 18 para 16 anos
10/11/2003 Congresso e Judiciário inspiram pouca credibilidade, diz pesquisa da OAB
10/11/2003 Padarias lançam programa para criar 10 mil empregos
10/11/2003 Marta acena com candidatura ao Governo
10/11/2003 Governo quer moradia em área central