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abastecimento
12/11/2003
Sabesp define plano de racionamento em SP

Se não chover o previsto entre hoje à noite e amanhã, sexta-feira a Sabesp (empresa de saneamento de SP) já terá certeza de que os 9 milhões de moradores da Grande São Paulo abastecidos pelo sistema Cantareira entrarão em racionamento. Nesse caso, a produção de água será cortada em 1/3.

Isso significará dividir a população atendida em três blocos de 3 milhões de pessoas, cada um dos quais ficará desabastecido por no mínimo 24 e no máximo 36 horas. Uma das três bombas da estação elevatória Santa Inês será desligada e, de 33 mil litros por segundo, a captação irá para 22 mil l/s.

A Sabesp, porém, mantém a decisão de evitar a todo custo ter de colocar em prática, pela primeira vez, o plano de racionamento do Cantareira. Ele operava ontem com 3,5% de sua capacidade máxima -a pior situação desde sua implantação, nos anos 70.

Amedrontam o tamanho do sistema, o maior da região metropolitana, a topografia acidentada da área atendida e problemas como idade da rede e as ligações clandestinas, sobretudo na periferia da zona norte da capital, que dificultam a retomada do abastecimento depois de paradas.

Racionar água implicará aberturas e fechamentos constantes de válvulas -e, consequentemente, mobilização de equipes 24 horas por dia, além do risco permanente de desequilíbrios na pressão interna da tubulação e, por isso, de rachaduras e vazamentos.

Será difícil também garantir o horário de corte e o horário de normalização do fornecimento.

O Cantareira atende cerca de 3,1 milhões de imóveis. O sistema Alto Cotia, por exemplo, serve só 3,2% disso (100 mil imóveis) e, ainda assim, enfrentou dificuldades de reabastecimento nos primeiros 15 dias de racionamento.

A previsão da empresa de meteorologia Climatempo é que a chuva acumulada entre hoje e amanhã na cidade de São Paulo fique em torno de 12 mm (1 mm é igual a 1 litro por 1 m2). Sexta-feira ainda pode chover mais 10 mm.

Ontem a Sabesp bombardeou nuvens para tentar antecipar essa precipitação (um avião sobrevoa nuvens carregadas e joga nelas água para torná-las mais pesadas), mas a empresa só saberá hoje se a empreitada deu resultado.

A relutância técnica em decretar o racionamento no Cantareira (zonas norte, central, oeste e parte da sul e leste de SP, além de outras dez cidades da Grande SP) se converteu na análise de curtíssimo prazo da situação do sistema, na qual a mera estabilização da queda em 0,2 ponto percentual por dia já é avaliada como bom sinal.

Mesmo se as precipitações que estão previstas para os próximos dias vierem, a Sabesp afirma que darão fôlego apenas de uma semana para o Cantareira.



As informações são da Folha de S. Paulo.

   
 
 
 

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